Cada vez mais
cedo, as redes sociais passam a fazer parte do cotidiano dos alunos e essa é
uma realidade imutável. Mais do que entreter, as redes podem se tornar
ferramentas de interação valiosas para auxiliar o trabalho em sala de aula,
desde que bem utilizadas. Mas é importante que o professor se atente, ele não
pode agir como se estivesse em um grupo de amigos íntimos. Ele tem que se dar
conta de que está em um espaço público frequentado por seus alunos. Por isso,
no mundo virtual, os professores precisam continuar dando bons exemplos e devem
se policiar para não comprometerem suas imagens perante os alunos. Os cuidados
são de naturezas diversas, desde não cometer erros de ortografia até não
colocar fotos comprometedoras nos álbuns.
A seguir,
listamos cinco formas de usar as redes sociais como aliada da aprendizagem e
alguns cuidados a serem tomados:
01.
Faça a mediação de grupos de estudo
Convidar os
alunos de séries diferentes para participarem de grupos de estudo nas redes -
separados por turma ou por escolas em que você dá aulas -, pode ajudá-lo a
diagnosticar as dúvidas e os assuntos de interesse dos estudantes que podem ser
trabalhados em sala de aula, de acordo com os conteúdos curriculares já
planejados para cada série. Os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut
podem ser concebidos como espaços de troca de informações entre professor e
estudantes, mas lembre-se: o professor é o mediador das discussões propostas e
tem o papel de orientar os alunos.
Todos os participantes do grupo podem
fazer uso do espaço para indicar links interessantes ou páginas de instituições
que podem ajudar em seus estudos.
02.
Disponibilize conteúdos extras para os alunos
As redes sociais
são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais multimídia, notícias
de jornais e revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes ou de peças de teatro
que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira complementar. Esses
recursos de apoio podem ser disponibilizados para os alunos nos grupos ou nos
perfis sociais, mas não devem estar disponíveis apenas no Facebook ou no Orkut,
porque alguns estudantes podem não fazer parte de nenhuma dessas redes. Para
compartilhar materiais de apoio e exercícios sobre os conteúdos trabalhados em
sala, é melhor utilizar espaços virtuais mais adequados, como a intranet da
escola, o blog da turma ou do próprio professor.
03.
Promova discussões e compartilhe bons exemplos
Aproveitar o
tempo que os alunos passam na internet para promover debates interessantes
sobre temas do cotidiano ajuda os alunos a desenvolverem o senso crítico e
incentiva os mais tímidos a manifestarem suas opiniões. Instigue os estudantes
a se manifestarem, propondo perguntas com base em notícias vistas nas redes,
por exemplo. Essa pode ser uma boa forma de mantê-los em dia com as
atualidades, sempre cobradas nos vestibulares.
04.
Elabore um calendário de eventos
No Facebook, por
meio de ferramentas como “Meu Calendário” e “Eventos”, você pode recomendar à
sua turma uma visita a uma exposição, a ida a uma peça de teatro ou ao cinema.
Esses calendários das redes sociais também são utilizados para lembrar os
alunos sobre as entregas de trabalhos e datas de avaliações. Porém, vale
lembrar: eles não podem ser a única fonte de informação sobre os eventos que
acontecem na escola, em dias letivos.
05.
Organize um chat para tirar dúvidas
Com alguns dias
de antecedência, combine um horário com os alunos para tirar dúvidas sobre os
conteúdos ministrados em sala de aula. Você pode usar os chats do Facebook, do
Google Talk, do MSN ou até mesmo organizar uma Twitcam para conversar com a
turma - mas essa não pode ser a única forma de auxiliá-los nas questões que
ainda não compreenderam. A grande vantagem de fazer um chat para tirar dúvidas
online é a facilidade de reunir os alunos em um mesmo lugar sem que haja a
necessidade do deslocamento físico.
- Cuidados
a serem tomados nas redes:
01.
Estabeleça previamente as regras do jogo
Nos grupos
abertos na internet, não se costuma publicar um documento oficial com regras a
serem seguidas pelos participantes. Este “código de conduta” geralmente é
colocado na descrição dos próprios grupos. Conforme as interações forem
acontecendo, as regras podem ser alteradas. Além disso, começam a surgir
lideranças dentro dos próprios grupos, que colaboram com os professores na
gestão das comunidades. Com o tempo, os próprios usuários vão condenar os
comportamentos que considerarem inadequados, como alunos que fazem comentários
que não são relativos ao que está sendo discutidos ou spams.
02.
Não exclua os alunos que estão fora das redes sociais
Os conteúdos
obrigatórios - como os exercícios que serão trabalhados em sala e alguns textos
da bibliografia da disciplina - não podem estar apenas nas redes sociais (até
mesmo porque legalmente, apenas pessoas com mais de 18 anos podem ter perfis na
maioria das redes). A mesma regra vale para as aulas de reforço. A melhor solução
para esses casos é o professor fazer um blog e disponibilizar os materiais
didáticos nele ou ainda publicá-los na intranet da escola para os alunos
conseguirem acessar o conteúdo recomendado por meio de uma fonte oficial. Com
relação aos pais, vale comunicá-los sobre a ação nas redes sociais durante as
reuniões e apresentar o tipo de interação proposta com a turma.
Referência: Nova
Escola
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